Morro Redondo está com tudo pronto para a realização da 4ª Festa do Doce Colonial, que ocorre neste fim de semana, 11 e 12 de junho. A festividade, que tem como sede o Centro Cultural de Eventos do município, celebra a tradição doceira da região.

Foi em razão do título que os doces típicos de Morro Redondo receberam do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) que, em 2018, foi organizada a primeira Festa do Doce Colonial. O evento tinha como objetivo resgatar a cultura local com a comercialização dos produtos coloniais e fomentar a salvaguarda do doce. E foi um sucesso. A partir daí, a festa vem sendo realizada anualmente sob os cuidados dos empreendedores que integram o roteiro Morro de Amores.

A edição de 2022 é cercada de muitas expectativas, já que - assim como tantos outros eventos - a festa não ocorre há dois anos por causa da pandemia. O símbolo do evento é também um convite: "venha mexer no tacho aquele doce com gosto da vó". Quem comparecer ao Centro Cultural neste fim de semana terá a oportunidade de sentir e participar da produção de uma figada ou de uma chimia do jeito mais tradicional, mexendo o doce durante o cozimento no tacho.

As estrelas da festividade, é claro, são as compotas, passas de pêssego, figos cristalizados, geleias, ambrosias, entre outras. Mas também haverá diversos estandes com produtos coloniais adorados pelo público, como queijos, pães, cucas, vinhos, embutidos e defumados.

Programação diversificada
Além da culinária típica, são muitas as atrações culturais propostas para o evento, como feiras de artesanato, apresentações de bandas musicais alemãs e oficinas. Neste ano, entre as novidades estão também o 1º Encontro Moto Doce Colonial, do qual cerca de 150 motociclistas deverão participar, e o Baile do Chopp.

Um dos destaques da programação acontece no primeiro dia de evento, sábado, e será voltado para o empreendedorismo dos doceiros. O Seminário Alusivo à Semana do Patrimônio Imaterial Doceiro do Morro Redondo tem o objetivo de debater questões para a ratificação dos empreendimentos que comercializam doces no município. Apesar de algumas agroindústrias terem sido formalizadas recentemente, Letícia Santos, integrante da Associação dos Empreendedores de Turismo do Morro Redondo e da comissão organizadora da Festa do Doce Colonial, conta que diversos doceiros da região estão parando com a atividade por conta da burocracia para legitimar seus negócios.

"Convidamos diversas autoridades, inclusive federais, como o próprio Iphan, para conversar, debater e ver de que forma podemos auxiliar esses doceiros para que eles sigam com seus empreendimentos", explica.

Para girar a economia
A Festa do Doce Colonial contará com cerca de 40 expositores. O evento é de grande relevância também para o setor econômico de Morro Redondo. Na última edição, o primeiro dia de visitação movimentou mais de R$ 30 mil. A projeção para este ano é atingir, já no sábado, pelo menos R$ 50 mil. A expectativa de participação também é grande. São esperadas em torno de quatro mil pessoas. "Para uma cidade de sete mil habitantes, a gente considera uma visitação grande", aponta Letícia.

A rainha da Festa, Maria Alice Prietsch, ressalta o convite aos turistas para que compareçam e aproveitem as diversas atrações que o evento oferece neste fim de semana. "A Festa vai contar com exposições, mateadas, brinquedos infláveis, oficinas coloniais, música ao vivo e bastante chope. É interessante falar também do Stiepen, que é um grupo tradicional do Morro Redondo, que toca músicas alemãs".